Violência contra a mulher em Passos já tem 20 registros em 2024

Os dados estão disponíveis no Painel da Violência contra a Mulher da Polícia Civil

Violência contra a mulher em Passos já tem 20 registros em 2024
Os casos registrados na região englobam violência física, moral e outras contra as mulheres (Reprodução)

Desde o início de 2024, em apenas 9 dias do ano, já foram registradas pela Polícia Civil de Passos 20 casos de violência contra a mulher. No Sul de Minas esse número já soma mais de 120.

Os casos registrados na região englobam violência física, moral, patrimonial, psicológica, social e outras contra as mulheres.

Os dados estão disponíveis no Painel da Violência contra a Mulher da Polícia Civil e consideram registros feitos até esta terça-feira (9) no Sul de Minas.

Em Poços de Caldas foram registrados 35 casos, vindo depois Pouso Alegre: 24 casos; Varginha: 23 casos; Passos: 20 casos; e Lavras: 19 casos

Apesar do número expressivo, a quantidade de casos pode ser bem maior – chegando até ao dobro do registro. Os motivos são diversos, seja por falta de coragem ou até de informação.

"Nem todas as mulheres têm coragem de denunciar as violências que estão sofrendo. Existem inúmeras razões para isso. E uma delas é a falta de informação sobre a Lei Maria da Penha, sobre os seus direitos, sobre onde procurar, o que fazer. Isso impede muitas vezes que as mulheres tomem a coragem, porque é um ato de coragem de denunciar que estão sofrendo ali violências, não só físicas, mas também psicológicas, patrimoniais, econômicas", explica Pamela Vindilino, jurista e ativista social.

 

CHAME A FRIDA

 

Para facilitar denúncias desse tipo de crime, ‘Chame a Frida’, uma atendente virtual, foi lançada nesta quarta, 10, no Sul de Minas pela Polícia Civil de Minas Gerais que atua por meio do WhatsApp. O atendimento é automático.

O sistema possui um menu com opções em que é possível identificar se é urgente. A partir das mensagens digitadas pela vítima, ele fornece as respostas e orientações de passos a serem seguidos.

As mulheres conseguem solicitar agendamentos para formalizar medidas protetivas, solicitar cópia das medidas, tirar dúvidas sobre as leis que garantem seus direitos e punem os agressores.

O sistema é monitorado por um servidor que fica com o celular e acompanha os atendimentos; quando necessário, ele faz o contato para auxiliá-la. Pelo serviço, é possível também enviar a localização exata de onde está.

O serviço é 24 horas e vai atender as regionais das polícias civis de Pouso Alegre, São Lourenço e Itajubá.