Cultura em Passos: o teatro das sombras
Observando

Onde o espetáculo não é no palco… é na planilha de repasses
“A queridinha do caixa”
Enquanto artistas locais fazem mágica pra pagar o figurino, uma entidade faz mágica pra receber quase 1,5 milhões no primeiro mandato. Essa associação virou a protagonista de um monólogo milionário, com um cachê digno de estrela da Broadway — só que paga com o dinheiro do povo. E o resto da cultura? Só aplaude de pé… o escoamento do orçamento.
Chamamento Público: peça fora do roteiro
A Lei 13.204/2015 exige transparência, impessoalidade, chamamento público... Mas em Passos parece que o prefeito Diego Oliveira leu só a contracapa. Não há sinal do roteiro legal ter sido seguido. O único “chamamento” parece ter sido a velha prática do “eu escolho quem ganha e pronto.” É cultura de palco fechado, só entra quem já tem o script na mão.
Subindo a cortina... e a verba também
OS NÚMEROS NÃO MENTEM: o valor destinado à uma associação cresceu quase 1000% em relação ao governo anterior. Quase uma superprodução hollywoodiana — pena que ninguém sabe exatamente o que foi planilhado. Enquanto isso, grupos culturais da cidade seguem no porão, com orçamentos de lanterninha e iluminação a velas.
A arte de sumir com o dinheiro
Dizem que a cultura eleva o espírito. Em Passos, ela parece elevar mesmo é a desconfiança popular. Com um bilhão a mais de arrecadação, o governo Diego poderia ter feito um festival de realizações. Mas preferiu montar um show de ilusionismo, onde o dinheiro é empenhado... e some no fundo do palco.
Cultura para poucos: o resto que bata palma
A política cultural de Passos virou um camarote VIP: poucos convidados, muitos privilégios e verba farta. Para obter apoio do Secretário pe preciso saber aplaudir, concordar com tudo e ficar em silêncio se houver discórdia. Da mesma forma que o Conselho Municipal de Desenvolvimento Cultural que nada cobra, nada faz e praticamente se anulou. Enquanto isso, outros projetos sérios, artistas comprometidos e propostas inovadoras estão no gargarejo, sem microfone nem refletores. A plateia já entendeu: o show não é para todos. É para os escolhidos do prefeito. E esse show tem que continuar?