Requerimento sobre as servidoras da saúde volta à pauta dos vereadores de Passos

Vereadora pede que a Câmara de Passos reavalie requerimento que vem causando polêmica

Requerimento sobre as servidoras da saúde volta à pauta dos vereadores de Passos
Isabel Ribeiro disse que se a Câmara não voltar atrás, vai apresentar requerimento (Reprodução)

O requerimento apresentado em maio de 2025 pelo vereador João Serapião, que solicitava ao prefeito Diego Oliveira a transferência das servidoras T.F.S.L. (enfermeira) e Y.T.V. (técnica de enfermagem) do ESF Santo Antônio para outra unidade de saúde, voltou à pauta da reunião da Câmara Municipal de Passos nesta segunda-feira, 9 de junho.

Na presença das servidoras mencionadas, a vereadora Isabel Ribeiro pediu o cancelamento do requerimento, aprovado anteriormente por unanimidade. “A única forma de corrigirmos o erro é reconhecê-lo. Errar é humano, persistir no erro é burrice, e reconhecer o erro é a maior virtude do ser humano”, declarou.

Isabel admitiu que errou ao votar a favor do requerimento, que, segundo ela, foi apresentado aos vereadores de forma inconstitucional. “Não cabe a esta Casa votar requerimentos de competência do Poder Executivo”, afirmou. Ela destacou que, na semana anterior, colegas de bancada protocolaram um pedido de cancelamento da proposta de Serapião. A vereadora não esteve presente na sessão em que o vereador citou os nomes das servidoras, Taila e Yara, o que, segundo ela, resultou em difamação e prejuízo moral às profissionais.

Isabel informou ainda que a responsável pela unidade de saúde contestou as declarações de Serapião, negando as acusações e classificando-as como “inverdades”. A gestora teria afirmado: “Não tenho nada contra as servidoras. O que ele fez foi perseguição política”.

“Após ouvir e entender o ocorrido, estou aqui para corrigir um erro grave. Se nada for feito, apresentarei um novo requerimento. Não podemos permitir que vereadores usem seus mandatos para pedir a remoção de servidores sem justificativa. O vereador João Serapião, como servidor público, deveria saber que a transferência de servidores exige processo administrativo, advertências ou justificativas formais, com comunicação prévia aos envolvidos. Votamos sem ler, mas ele agiu de má-fé, em um ato de perseguição. Não defendo apenas essas servidoras, mas todos os funcionários efetivos de Passos. Estamos aqui de passagem, e nenhum vereador é eterno no cargo. Peço aos colegas que reconheçam o erro”, enfatizou Isabel.

A vereadora foi aparteada pelo colega Wender Garcia. João Serapião não se manifestou durante a sessão. Leia mais aqui sobre o requerimento.