Piloto, dois passageiros e proprietário do helicóptero serão ouvidos pela Polícia Civil

Aeronave com quatro pessoas a bordo caiu no Lago de Furnas na última terça-feira (2)

Piloto, dois passageiros e proprietário do helicóptero serão ouvidos pela Polícia Civil
Helicóptero que caiu em Capitólio é retirado da água (Corpo de Bombeiros/Divulgação)

 

 

 

O piloto e dois passageiros do helicóptero que caiu no Lago de Furnas, em Capitólio, na última terça-feira, 2, serão ouvidos pela Polícia Civil nas suas cidades de origem. O proprietário da aeronave também será ouvido. Ainda não há data definida de início porque cada delegacia irá receber uma carta precatória para conduzir os depoimentos. As informações foram divulgadas pela TV Integração.

 

Em nota, o Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) informou, nesta segunda-feira (8), que está em andamento a investigação da ocorrência envolvendo a aeronave de matrícula PP-MMA, em Capitólio.

 

"A conclusão das investigações terá o menor prazo possível, dependendo sempre da complexidade de cada ocorrência e, ainda, da necessidade de descobrir os possíveis fatores contribuintes", diz trecho da nota.

 

O Cenipa tem o objetivo de investigar as ocorrências aeronáuticas, de modo a prevenir que novos acidentes com características semelhantes ocorram. Quando concluída a investigação, o relatório final será publicado no site do Cenipa.

 

O ACIDENTE

 

A Polícia Civil, através da 19ª Delegacia de Piumhi, informou que a aeronave decolou de um heliponto existente no Balneário Escarpas do Lago, em Capitólio. A queda ocorreu logo após a decolagem, nas proximidades de Marinas Portobello. Três ocupantes ficaram feridos e um morreu.

 

A aeronave, de matrícula PP-MMA, modelo EC 120 B, foi fabricada em 2009. A situação de aeronavegabilidade consta como normal, e o Certificado de Verificação de Aeronavegabilidade (CVA) é válido até 19 de outubro de 2024, conforme dados da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).

 

Ainda conforme os dados da Anac, consta operação negada para táxi aéreo, o que, de acordo com a assessoria do órgão, significa que a aeronave não tem autorização específica para realizar operações da natureza táxi aéreo, não que haja alguma irregularidade no registro em si.

Vanilton Alves Balieiro, que morreu após helicóptero cair em Capitólio (Reprodução/Redes sociais)

  

CORPO ENCONTRADO

O homem que morreu foi identificado como Vanilton Alves Balieiro, de 44 anos. Ele residia em Capitólio e, segundo a Polícia Civil, foi convidado pelo piloto da aeronave para o voo.

 

Após buscas na água, o corpo dele foi encontrado e levado para o Posto Médico-Legal, em Passos. De acordo com a funerária Santa Rita, o sepultamento aconteceu na tarde de quarta-feira (3) no Cemitério Municipal de Capitólio.

 

Feridos levados para hospitais.  A passageira Julia Mendonça Silva Bernardes, de 22 anos, e o piloto Lucas Chaves Ávila, de 26 anos, ficaram feridos e foram levados para a Santa Casa de Piumhi.

 

Julia Mendonça, posteriormente, foi transferida para Bom Despacho e já teve alta. Lucas Chaves foi transferido para a Santa Casa de Passos. A divulgação de detalhes sobre o estado de saúde dele não foi autorizada por familiares.

 

Já o passageiro Leonardo Resende Silva Vitorino, de 28 anos, foi levado para a Santa Casa de Passos. Posteriormente, segundo a assessoria da unidade de saúde, ele foi transferido para outra instituição em Belo Horizonte.

 

O delegado Fábio Alexandre Csiszer informou que os passageiros Julia Mendonça e Leonardo Resende tinham como destino Piumhi. De lá, iriam pegar outro voo para Bom Despacho, onde residem.

 

Ainda de acordo com a Polícia Civil, Julia Mendonça e Leonardo Resende foram convidados do proprietário da aeronave. Inicialmente, o Corpo de Bombeiros divulgou que a "aeronave foi fretada para este passeio e teria outras programações agendadas na sequência (não informado se seriam também na região)".