Os Bastidores Podres do Governo Municipal
Observando

Pelo fato do assunto ter sido jogado para debaixo do tapete, pela obrigação de levarmos ao povo os acontecimentos que foram blindados pela Administração, hoje nós vamos relembrar os vídeos do ex-secretário Max, que escancaram o que todo mundo suspeitava — seria muito bom que tudo fosse esclarecido, mas o silêncio do prefeito só piora tudo.
O papel da imprensa democrática é o de mostrar a população tudo que acontece. Aqui em Passos vivemos um tempo de "credenciamento" e imprensa alardeando méritos do governo municipal. O papel histórico que desempenhamos é o de enfrentar as dificuldades interpostas em nosso caminho, para dar uma opção democrática de veículo de imprensa independente e altivo, obviamente sempre disposto a dar a versão das partes, em especial àqueles que se defendem sem fugir para fazer reinar o silêncio.
A bomba Max: quando a sujeira vazou pelos porões da Prefeitura
Foram revelados vídeos do ex-secretário de Planejamento, Max, relatando bastidores inconfessáveis do governo Diego. Planejamento inexistente, decisões tomadas no improviso, e um prefeito muito preocupado com vídeos, cercado por mandões — é o retrato de um poder à deriva. Max foi exonerado não por incompetência, ao contrário, por sua capacidade e seu alto nível, sendo o protagonista da conquista da Heineken. Isso gerou cólicas de ciúmes e despeito no núcleo duro do Cortiço, composto por neófitos vaidosos. A cidade merece saber tudo.
A farra das secretarias: gastança, ciúmes e colapso financeiro
Segundo Max, transformou-se o orçamento da Prefeitura num cartão sem limite. Gastava o que queria, quando queria — e nem precisava justificar. A bagunça foi tanta que derrubou o secretário de Planejamento, Edson. Planejamento zero. Resultado? Receita alta, mas mesmo assim com déficit e injustificáveis dificuldades financeiras de final de ano.
Vereadores mandam, técnicos se calam: a Prefeitura como balcão de negócios
Recursos transferidos pra atender pedido de vereador. "Pode isso, Arnaldo?" — não pode. Mas fazia-se. Enquanto isso, técnicos assistiam calados ou eram forçados a engolir o absurdo enquanto serviços e projetos eram diminuídos ou paralisados. Max denunciou: verba pública virou moeda de troca. E o prefeito? Alheio como sempre.
ONGs laranjas, repasses milionários e a fábrica de desvio institucionalizado
Uma das maiores denúncias de Max foi sobre o repasse de R$ 5,1 milhões para uma ONG sem chamamento público. Ele se recusou a assinar. O repasse foi feito mesmo assim, via atalho na Secretaria de Segurança. E tem mais: outra ONG, ligada ao ex-diretor de Meio Ambiente, abocanhou R$ 2,7 milhões. Nada de edital, nada de critério. E o ex-diretor? Foi “demitido”, mas continua firme e forte na associação de coleta de recicláveis. Um show de cinismo com dinheiro do povo, mas parece que tem gente que gosta….
Loteamentos, propina e vista grossa do prefeito
Segundo Max, aprovações de loteamentos como o Aroeiras 2 e Santa Beatriz dependiam de “favores” nada republicanos. O prefeito foi avisado — três vezes. Nada aconteceu. Só quando o escândalo explodiu que alguém caiu (ou fingiu cair). Mas os tentáculos do esquema seguem firmes. Aliás, ninguém tocou no assunto desde então. Coincidência?
Imóveis da prefeitura: 826 fantasmas no papel
Imagine 826 imóveis registrados em nome da prefeitura — e ninguém sabe onde estão, pra que servem, ou em que estado se encontram. Max tentou criar uma comissão pra resolver o caos patrimonial. A resposta da gestão? Bloquearam a iniciativa. Parece que manter tudo desorganizado é parte do plano.
Quem governa ou quem dá murros na mesa?
A revelação mais surreal de Max: o prefeito não manda nem em si mesmo. O então vereador e hoje vice-prefeito dá até bronca. A chefe de gabinete e o secretário da Fazenda, também dão ordens. E o povo escuta, de vez em quando, murros na mesa — mas não do prefeito, que parece apenas assistir de camarote, assustado com o próprio cargo.