Conselho de Saúde aponta dezenas de irregularidades na administração da UPA

A perda de qualificação da Unidade, por falha de seus diretores, provocou prejuízo superior a R$ 3 milhões, diz o Conselho

Conselho de Saúde aponta dezenas de irregularidades na administração da UPA
Levantamento realizado pelo Conselho de Saúde na UPA de Passos aponta irregularidades na gestão (Arquivo)

Pela gravidade das denúncias reveladas nesta segunda-feira pelo Conselho Municipal de Saúde de Passos na gestão da Unidade de Pronto Atendimento em Passos – UPA, a repercussão foi até pequena na reunião desta segunda-feira da Câmara. Os novos integrantes do Conselho estão desempenhando o papel que os antecessores se omitiram e, assim, contribuíram para deixar o atendimento à saúde da população na situação em que se encontra – veja a íntegra do documento abaixo.

 

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Pelo menos essa primeira atuação, com a elaboração de um relatório sobre a situação da Unidade de Pronto Atendimento, retrata um quadro preocupante. Quem sabe agora os administradores públicos, os integrantes do legislativo e do Ministério Público cumpram o papel que a sociedade espera deles e os remunera para esse fim.

 

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Como dito, o relatório foi um dos principais assuntos da reunião da Câmara na segunda-feira. O vereador Luiz Carlos Souto Jr fez um resumo do trabalho sobre a UPA: quanto mais dinheiro recebe, mais piora o atendimento. O mais grave que se viu no relatório foi a desqualificação da UPA, o que traz um prejuízo mensal de R$ 250 mil para a saúde de Passos.

 

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O líder do prefeito na Casa, Maurício Silva, informou que a Prefeitura já encaminhou para a controladoria o relatório do Conselho Municipal de Saúde e solicitou a abertura de uma investigação sobre o denunciado. Sem entrar muito nos pontos do documento, ele defendeu o respeito aos profissionais de saúde que até recentemente eram tratados como heróis pelo trabalho realizado durante a pandemia.

 

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Mas o fato mais relevante não é o documento, mas a postura do novo Conselho Municipal de Saúde. Como determina legalmente a sua função, a prestação de contas dos investimentos da saúde no município pode esbarrar – e deveria ser assim há anos – numa fiscalização eficiente e necessária. Justamente para evitar descalabros como os citados abaixo (e sem contar que esse relatório só envolve a UPA, que é apenas parte de uma grande estrutura na saúde municipal). Leia o relatório do Conselho abaixo: