Universidade recomenda a volta do uso de máscara no Brasil

Nas últimas quatro semanas epidemiológicas foram notificados 493 casos de covid-19 no estado do Rio

Universidade recomenda a volta do uso de máscara no Brasil
Cientistas pedem volta do uso de máscaras para conter variante ‘mutante’ do Covid (Reprodução)

A Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) recomendou nesta quarta-feira (16) que máscaras voltem a ser usadas em aglomerações e ambientes fechados da universidade. Segundo o Núcleo de Enfrentamento e Estudos de Doenças Infecciosas Emergentes e Reemergentes (Needier) da UFRJ, o Centro de Triagem Diagnóstica para Covid-19 constatou aumento de casos da doença.

 

"Diante da constatação de aumento moderado e progressivo de casos positivos diagnosticados no CTD/Needier e da preocupação com uma nova onda de covid-19, fato já constatado em outros países, julgamos prudente alertar ao corpo social da universidade e recomendar o uso adequado de máscaras em ambientes fechados e em contextos de aglomeração humana, assim como higienização frequente das mãos. Cabe ressaltar a importância da testagem em caso de surgimento de sintomas respiratórios ou contato próximo com caso de covid-19", explica nota, assinada pela diretora do Needier, Terezinha Marta Castiñeiras.

 

O centro de testagem realiza atendimentos diariamente no Pavilhão Clínico da Cidade Universitária, sem necessidade de agendamento prévio.

 

Casos no Rio

Dados da Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro, disponíveis apenas até o dia 8 de agosto, mostravam queda na média móvel de novos casos de covid-19 diagnosticados na cidade. Em 8 de agosto, a média móvel de novos casos diários dos últimos sete dias era 16, enquanto em 8 de julho estava em 36. Em 8 de junho, a média estava em 30.

 

Os casos de síndrome gripal causadas por todos os agentes infecciosos também apresentavam queda na cidade, assim como no último boletim InfoGripe, divulgado pela Fundação Oswaldo Cruz em 3 de agosto.

 

Segundo a Fiocruz, os casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG) estavam em queda ou estabilidade na maior parte do país, incluindo o estado e a capital do Rio de Janeiro.

 

O boletim informou que, nas quatro semanas epidemiológicas anteriores a 3 de agosto, a covid-19 respondia por 23% dos casos da síndrome gripal com resultado positivo para vírus respiratórios.

 

A Secretaria de Estado de Saúde (SES-RJ) informou que, nas últimas quatro semanas epidemiológicas (até esta quarta-feira), foram notificados 493 casos de covid-19 no estado, e 12 óbitos causados pela doença. Na última semana, não houve nenhum óbito confirmado no estado.

 

“Os casos notificados estão distribuídos pelas semanas epidemiológicas da seguinte maneira: Semana 32 (de 6 agosto a 12 de agosto): 115; Semana 31 (de 30 de julho a 5 de agosto): 151; Semana 30 (de 23 de julho a 29 de julho): 116; Semana 29 (de 16 de julho a 22 de julho): 111”, informou a secretaria.

 

Casos no mundo

Ao noticiar a decisão do núcleo de enfrentamento às emergências de saúde, a UFRJ citou uma reportagem da Agência Brasil de segunda-feira (14) informando que cerca de 1,5 milhão de novos casos de covid-19 foram registrados em todo o mundo entre 10 de julho e 6 de agosto, um aumento de 80% em relação ao período anterior. As mortes, por outro lado, tiveram uma queda de 57%.

 

Os dados são da Organização Mundial da Saúde (OMS) e mostram que, enquanto diversos países registraram queda de novos casos e de óbitos por covid-19, o leste da Ásia e a Oceania tiveram aumento de novas infecções em meio a uma redução nos óbitos.

 

“Atualmente, os casos relatados não representam com precisão as taxas de infecção devido à redução de testes e relatórios globalmente. Durante esse período de 28 dias, 44% (103 de 234) dos países relataram pelo menos um caso à OMS – uma proporção que vem diminuindo desde meados de 2022”, destacou a entidade em comunica