AMEG mobilizará força para ajudar prefeito em trecho de rodovia na Serra de Capetinga
O trecho conhecido como Serra da Capetinga é considerado um dos mais perigosos da região

A Associação dos Municípios da Microrregião do Médio Rio Grande, AMEG, está mobilizando uma força-tarefa política para reivindicar a conclusão da terceira faixa da rodovia MG-444, no trecho conhecido como Serra da Capetinga, considerada uma das áreas mais perigosas da região. Segundo o prefeito do município Nardo do Calao, a empresa Nascentes das Gerais, responsável pela concessão da rodovia, informou que a obra não será finalizada, mesmo faltando apenas 1.900 metros para a conclusão do projeto.
O trecho que ficará de fora da ampliação é justamente o mais crítico, onde se concentram os maiores índices de acidentes graves, devido à geografia sinuosa e ao intenso fluxo de veículos. “É o ponto mais importante da estrada. Não faz sentido paralisar a obra agora, quando falta tão pouco e quando estamos justamente no local onde mais precisamos dessa terceira faixa”, afirmou o prefeito.
Diante da situação, Nardo está unindo forças juntos a prefeitos da AMEG, para formar uma frente conjunta de pressão política. Nesta data, Nardo, junto aos prefeito de Itaú de Minas, Norival Lima, o prefeito de Pratápolis, Everilson Leite, e o prefeito de Cássia, Donizete Vilela (Negrinho) estiveram no local manifestando o descontentamento com a situação.
O objetivo é buscar o apoio de deputados estaduais e federais, além de acionar o Governo de Minas, para reverter a decisão e garantir a retomada da obra.
A terceira faixa da MG-444 é considerada uma intervenção estratégica para a segurança viária e o escoamento da produção agrícola e industrial da região. A paralisação da obra, sobretudo no trecho da serra, é vista com preocupação pelas lideranças locais. “Estamos falando de vidas. É um trecho de alto risco, e a terceira faixa é fundamental para dar fluidez ao tráfego e reduzir acidentes. Já perdemos diversas vidas nesse trecho”, reforçou o prefeito.
Para o presidente da AMEG, Marcelo de Morais, a situação representa mais uma promessa não cumprida pelo poder público. “Mais uma vez, estamos diante das famosas promessas que não saem do papel. Como é possível deixar justamente o trecho mais perigoso, com o maior número de acidentes, fora do projeto de conclusão da terceira faixa? É aquilo que sempre digo: em 2026, todos aparecem com o pires na mão pedindo voto, enquanto a comunidade continua sofrendo com tamanha falta de respeito”.
Marcelo reforça que a entidade regional não permitirá que a situação passe despercebida. “Vamos mostrar, mais uma vez, por meio da AMEG, que os prefeitos de Capetinga, Pratápolis, Cássia e Itaú de Minas não estão sozinhos nessa luta. É inadmissível o que está acontecendo — pra não dizer um completo ato de incompetência”, finaliza Morais.