Pleito de 2026 já faz partidos e lideranças intensificarem entendimentos

Observando

Pleito de 2026 já faz partidos e lideranças intensificarem entendimentos

A menos de um ano e meio para as eleições gerais de 2026, os partidos políticos e lideranças políticas já intensificam as movimentações em seus bastidores para definir os nomes que vão disputar cargos no Executivo estadual e nas Casas legislativas.

 

Os reaparecidos

 

E a urna faz milagres: nesta semana quem reapareceu na mídia foi o ex-governador mineiro, o deputado federal Aécio Neves, que em entrevista à CNN disse que considera o PSDB relevante demais para aceitar uma proposta de incorporação ao PSD, feita pelo presidente do partido Gilberto Kassab.

 

Testando a popularidade

 

O reaparecimento de Aécio prova que as legendas tentam desde já testar a popularidade de possíveis postulantes e consolidar alianças. Internamente, os partidos já têm contratado pesquisas para calcular a intenção de voto dos eleitores em diferentes cenários. Como a legislação só obriga o registro desse tipo de levantamento no Tribunal Superior Eleitoral quando ele for realizado no ano do pleito, os dados coletados agora não estão formalizados junto à Justiça Eleitoral.

 

Negociações

 

Esses levantamentos já servem como medida para orientar reuniões e negociações, especialmente com siglas aliadas. Nas redes sociais, o movimento é ainda mais visível. com potenciais candidatos ampliando a presença digital e investindo em novas estratégias de comunicação para atrair o eleitor.

 

Foco no legislativo

 

Embora as disputas para cargos majoritários, como governador e presidente, despertem mais expectativa, boa parte das legendas está focada agora no desempenho para a eleição de deputados federais e estaduais.

 

Preocupação

 

A principal preocupação é garantir o cumprimento da cláusula de barreira: em 2026, a norma passará a exigir que partidos elejam ao menos 13 deputados federais em nove Estados ou alcancem 2,5% dos votos válidos distribuídos igualmente entre as unidades da Federação para acessar recursos do Fundo Partidário e ter direito à propaganda gratuita.

 

Perspectivas

 

Levantamento realizado pelo jornal ‘O Tempo’ mostra que o Novo, que controla o governo de Minas, sinaliza ser o partido com definições para o próximo pleito em estágio mais avançado. Desde o fim de 2024, por exemplo, o vice-governador, Mateus Simões, é apresentado pela legenda como pré-candidato ao governo de Minas.

 

Assembleia e Câmara

 

O presidente estadual do Novo, Christopher Laguna, diz que a prioridade é eleger deputados federais e estaduais, especialmente para superar a cláusula de barreira, que não foi atingida em 2022.

 

Partido Liberal

 

O presidente estadual do PL, Domingos Sávio, por sua vez, garante que a sigla “vai participar ativamente da eleição para o governo de Minas, seja com candidatura própria ou com aliança”. O partido discute uma possível candidatura de Nikolas Ferreira, após ele se tornar o deputado federal mais votado do país em 2022. No entanto, ainda não há consenso, já que outro nome de peso da direita, o do senador Cleitinho Azevedo (Republicanos-MG), também é cogitado para a mesma vaga.

 

Lista de convidados

 

Domingos Sávio destacou ainda que o PL já discute a distribuição de candidatos às vagas na Câmara dos Deputados e na Assembleia. Nos bastidores já são conhecidos alguns convites, como o que já foi feito ao ex-prefeito de Passos, Ataíde Vilela (foto), para participar do pleito

 

Na esquerda

 

No campo da esquerda, o PT, por exemplo, ainda enfrenta dificuldade para definir um nome para o governo de Minas. O presidente estadual da legenda, Cristiano Silveira, afirmou que, a princípio, o partido deve apoiar a eventual candidatura do senador Rodrigo Pacheco (PSD) – o parlamentar ainda não confirma a participação no pleito. Procurado para comentar sobre as articulações do PSD para 2026, o presidente estadual da legenda, Cássio Soares, não se manifestou.