Com unificação, Federação equilibra forças na Câmara de Passos

Observando

Com unificação, Federação equilibra forças na Câmara de Passos

A Federação União Progressista, formada por União Brasil e Progressistas (PP) e oficializada em 29 de abril de 2025, altera o equilíbrio de forças nas Câmaras Municipais. Em Passos, a nova sigla agora iguala a bancada do PSD – partido do prefeito Diego Oliveira –, com quatro vereadores cada.

 

Panorama geral

 

Com mais de 12 mil vereadores no Brasil, a federação se consolida como uma das maiores forças nos legislativos municipais. Além disso, garante a maior fatia do fundo partidário (R$ 197,6 milhões) e eleitoral (R$ 953,8 milhões, com base em 2024), superando o PL.

 

Campanhas municipais

 

O aporte financeiro pode impulsionar campanhas em 2026, aumentando o número de vereadores eleitos. A unificação de estratégias tende a fortalecer a federação em cidades onde os partidos já são expressivos, como nas 1.336 prefeituras controladas pela aliança. No entanto, o sucesso dependerá da superação de rivalidades regionais.

 

Impactos nas Câmaras

 

Embora a federação reúna significativa força política, os impactos nas bancadas municipais variam conforme alianças locais. Em Passos, não são esperadas mudanças significativas nas posturas dos vereadores, já que União Brasil e PP são alinhados à administração municipal.

 

Composição das bancadas

 

Até então, o PSD liderava com a maior bancada, formada por Plinio Andrade, André Albino, Alex Bueno e Milton Rosa. O União Brasil contava com dois vereadores – Gilmara Silveira e João Serapião –, que agora se unem aos dois do PP – Michael Silveira e Iran Parreira. A bancada do PL, com três vereadores – Aline Macedo, Isabel Ribeiro e Wender Garcia –, fica em terceiro.

 

Sem mudanças imediatas

 

Na prática, a nova composição não altera os posicionamentos no legislativo municipal, já que o PSD é o partido do prefeito e o União Brasil, do vice-prefeito, Maurício Silva, cuja sigla inclui a líder do governo na Câmara, Gilmara Silveira.

 

Perspectivas futuras

 

A federação obriga as legendas a atuar como um bloco único por pelo menos quatro anos, com alinhamento em eleições municipais, assembleias, Câmaras e no Congresso. Assim, em 2028, disputarão como coligação. Até lá, porém, muitas mudanças podem ocorrer.