Piso salarial do comércio varejista em Passos ainda não tem definição

Sindicatos devem se reunir nesta semana para definir o piso salarial da categoria

Piso salarial do comércio varejista em Passos ainda não tem definição
Sindicatos das categorias divergem do novo valor e se reúnem nesta semana para a negociação (Reprodução)
Trabalhadores e associações de classe em Passos divergem sobre o valor do salário a ser pago aos funcionários do comércio a partir de fevereiro. Os sindicatos patronal e dos comerciários ainda não chegaram a um acordo sobre o índice de correção e sobre a data da convenção coletiva de trabalho (CCT).

De acordo com o presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Passos (Sindipass), Gilson Ribeiro Madureira, a proposta mínima, ainda a ser discutida, é de 5,93%, correspondente a variação da taxa de inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC).

Segundo Madureira, a recomendação é que os empresários do setor antecipem o reajuste a ser pago em fevereiro, seguindo a variação apontada pelo INPC, de R$1.263,17 para R$1.338,07, que corresponde em um aumento de R$75. “Minha sugestão é uma medida cautelar para evitar acúmulo de passivos futuros, tendo em vista uma possível demora na CCT de 2023. Estou aqui defendendo uma classe de comerciantes em um todo”, disse.

Para o presidente do Sindicato dos Comerciários de Passos (Sindcom), Davi de Oliveira, defende o percentual de reposição com base no INPC. “O percentual que estamos trabalhando para aumento do piso no setor comercial de Passos é o índice do INPC (5.93%) mais o ganho real. Porém, o percentual não sabemos, porque estamos na expectativa de que o governo federal decrete o valor no novo salário mínimo nacional de R$1.212 para R$1.320. O nosso jurídico enviou hoje um convite ao Gilson (Sindipass) para reunirmos na semana que vem e tratar sobre o assunto. Estamos aguardando a resposta”, disse Davi.

Porém, segundo parecer da Sindipass, os patrões não podem exceder esse índice com o ganho real do salário-mínimo. De acordo com a justificativa do sindicato, em janeiro as vendas no comércio caem drasticamente, o que deve impactar nas contas dos comerciantes.

“O povo está sem dinheiro, a política econômica ainda está à deriva. São muitas incertezas para todos os brasileiros. Mas reitero que os colaboradores não podem receber menos da porcentagem referente à inflação do ano passado. Isso é fato”, disse Madureira.