A moda em tempos de coronavírus

Há dezoito meses nosso mundo se transformou e nos obrigou a uma intensa e rápida readaptação com vistas a proteger-nos do mais improvável cenário dos últimos tempos: o pandêmico.

As tímidas - porém necessárias - saídas de casa com máscara de proteção foram, de início, um verdadeiro mix de sensações das quais incluem-se a estranheza, o medo e uma total vulnerabilidade.

Hoje, no entanto, o uso da máscara já não parece ser o maior dos incômodos e a questão que não quer calar é: será este, afinal, o nosso mais novo acessório de moda?

Ao que parece, sim!

Os especialistas já começaram a prever que nossa luta contra o novo coronavírus deverá continuar, no mínimo, pelos próximos dois anos e, por esta razão, a máscara deverá continuar sendo uma realidade em todo o mundo.

Historicamente, muitas peças do nosso vestuário foram desenvolvidas para atender a alguma funcionalidade específica, à exemplo do trench coat (“casaco de trincheira”) que atendia à propósitos militares durante a Primeira Guerra Mundial e das calças de couro que tinham por finalidade proteger as pernas dos cavaleiros durante as cavalgadas no mato.

Não tem sido diferente com as máscaras de tecido diante desse cenário pandêmico. Surgiram inicialmente para suprir a demanda de máscaras de proteção que rapidamente se esgotaram em todas as farmácias e agora são confeccionadas nas mais variadas cores, tecidos, tamanhos e padronagens, exatamente como um acessório de moda que nos protege das ameaças do novo coronavírus ao mesmo tempo em que trazem alegria e muita personalidade à produção.

Se os óculos de sol, lenços, luvas, chapéus e tantos outros acessórios destinados a nossa proteção são aproveitados pela moda a fim de que sejam funcionais e bonitos ao mesmo tempo, por que não as máscaras?

Uns gostam, outros acham supérfluo, mas em ao menos um ponto todos temos de concordar: em tempos de intensa diminuição no consumo, há quem esteja tirando o seu sustento da fabricação e venda dessas máscaras, o que inevitavelmente mantém o dinheiro circulando.

É indiscutível que vivemos um dos momentos mais tristes da nossa história, mas focar apenas na sombra do problema não nos alivia, não anula nossa empatia, tampouco muda o percurso da história.

Fato é que são grandes as chances de encontrarmos um mundo pós pandêmico que tenha a sustentabilidade como estilo de vida.

Na torcida, vamos aguardar!

Que tal se inspirar nessas referências de máscaras estilizadas mundo afora?