Clube da Luta e sua crítica à psicose consumista

Clássico do cinema tece críticas à sociedade do consumo em meio a muita pancadaria

Clube da Luta e sua crítica à psicose consumista
Clube da Luta completa 22 anos em 2021 e, além de ter marcado sua época, filme de David Fincher consegue a façanha de se manter atual até hoje (Divulgação)

Quantos filmes não começam com um cara mediano vivendo uma rotina monótona e, de repente, conhece alguém que muda sua vida? Mas só uma pequena parcela deles alcançou o status de clássico. Dentre eles, está “Clube da Luta”, baseado no romance homônimo de e Chuck Palahniuk e disponível para assistir na Netflix e na Amazon Prime Video.

O filme de 1999 conta a história do Narrador (Edward Norton), que, de tão genérico que é, nem chega a ter nome. Ele trabalha em uma empresa de seguros, sofre de insônia e vive uma vida repleta de experiências vazias. Mas tudo muda quando, em uma viagem de negócios, ele conhece Tyler Durden (Brad Pitt). A partir daí, um acidente acaba por unir os dois. Após algumas brigas de bar juntos, eles acabam por montar um clube no qual as pessoas se reúnem para lutar entre si.

Praticamente um grupo de apoio muito pouco convencional, o Clube da Luta passa a ser a válvula de escape de diversas pessoas presas em uma sociedade consumista e monótona. Com o tempo, os membros do Clube começam a se desvincular da vida fora do grupo e ele se transforma gradativamente em uma sociedade organizada. À medida que o Clube se expande, o Narrador começa a perceber que ele e Tyler têm mais em comum do que ele jamais imaginara.

Quem assiste a “Clube da Luta” sem muita atenção pode até achar que o filme se trata apenas da exposição gratuita de violência, mas estaria longe do certo. A proposta do filme gira em torno de uma forte crítica à normalização do consumismo como forma de satisfação pessoal. Tanto a impessoalidade do Narrador quanto sua personalidade, uma contradição por si só, são cuidadosamente escolhidos com o intuito de mostrar que qualquer pessoa presa na realidade monótona pode se libertar – basta conhecer o seu Tyler Durden.

Veja o trailer: